quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Toda História tem Seu Fim

É inegavel, toda história tem seu fim, assim como tudo que sobe desce e tudo que é bom dura tempo suficiente para ser inesquecivel.
Todo fim de uma história dói, mas não porque não viveremos mais aquilo, mas sim por que planos que fizemos durante ela não foram realizados: os filhos que não nasceram, a casa que não foi comprada e decorada, a viagem não realizada, a promoção não ganha, a risada não dada. O que nos conforta é que toda boa história "deixa o gosto, deixa as fotos", o que nos faz relembrar e sorrir.
Triste mesmo é o fim de uma história que nunca começou; aquela que foi sonhada e nunca realizada. Aquela poesia que foi escrita e jamais enviada, as palavras ensaiadas e nunca ditas, viagens planejadas e malas nunca feitas.
E o que nos faz desistir de histórias nunca começadas? O medo de fracassar, de chover no nordeste na semana que resolvemos ficar la, de que riam dos seus versos e sentimentos, de escutar um "gosto muito de você, mas só como amigo".
Desistimos porque temos medo que nossos amores e planos platônicos e perfeitos não sejam como imaginamos, por que nosso príncipe pode ter defeitos demais, por que eu posso ter defeitos demais pra ele ou por que eu não mereça nada daquilo.
O que não podemos esquecer é que também temos defeitos e que a magia dos relacionamentos está em aceitarmos os defeitos uns dos outros e admirar, acima de tudo, as qualidades.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O carnaval que a água levou

Dias de luto. Enviuvados eu e mais 100 mil pessoas. Este ano não tem carnaval.

Todos aguardando ansiosamente que as água baixem e que, o marido ido a guerra, volte são e salvo.

Corações aos pulos, “eu passei por aquela rua”, “eu fiquei naquela casa”, “sentei na escadaria da igreja”.

Ahhhhh aquela rua. Foi lá, bem lá que encontrei o amor da minha vida, amor eterno.

Homem simples, motorista de ônibus. Sim, é ele, o Barbosa, que deixei com a promessa que voltaria no próximo ano e gritar novamente “siga em frente nessa linha, ou vou contar pra tia Rosa”. Pra outros o amor foi pelo Juca Teles que dizia que "boca do povo são palavras de amor”. Tantos personagens, tantas histórias.

Pensando bem, meu amor eterno é pelo carnaval de rua, pela simplicidade do lugar, pelo colorido das ruas, pelo empenho dos moradores de fazer daqueles 4 dias os melhores do ano. Pelas casas históricas, pela praça feita em homenagem feita a um dos filhos ilustres, Oswaldo Cruz.

Amor eterno pela alegria que existe naquele lugar, na magia dos prédios e das ruas, pela adrenalina que se sente no ar só de se entrar na cidade.

Eu e mais 100 mil pessoas estamos tristes pela morte do carnaval que não nasceu e foi levado pela chuva. Mas jamais te deixaremos e aguardaremos por 2011.

“Oh oh Barbosa, ai que dor no coração...”

sábado, 2 de janeiro de 2010

O Chá de Cozinha

50 convidadas, 49 presentes escolhidos.

Baldes, potes, talheres e copos de todos os tamanhos e cores, abridores de todos os tipos, tábuas simples e especificas, tudo já tinha sido colocado na lista.

- E agora, Lyly?

- Bom, falta pau de macarrão.

- Você ta maluca? Eu tenho cara de quem vai acordar no domingo, fazer massa, colocar na mesa e começar a esticar com pau de macarrão?

- Sei lá, você pode usar pra outra coisa!

- Oi??

- Vamos continuar com os preparativos, uma hora encontramos algo que você precise e ainda não tenha na lista.

- Vamos fazer brincadeiras no seu chá, né?

- NÃO!

- Então vamos pelo menos chamar um googoo boy pra sair de dentro do bolo.

- Ta doida mesmo. Se eu fizer isso meu noivo vai querer ir pro puteiro!

- Ta vendo pra que serve o pau de macarrão? Pra você dar na cabeça dele quando ele apronta. Posso por na lista?