Todo fim de uma história dói, mas não porque não viveremos mais aquilo, mas sim por que planos que fizemos durante ela não foram realizados: os filhos que não nasceram, a casa que não foi comprada e decorada, a viagem não realizada, a promoção não ganha, a risada não dada. O que nos conforta é que toda boa história "deixa o gosto, deixa as fotos", o que nos faz relembrar e sorrir.
Triste mesmo é o fim de uma história que nunca começou; aquela que foi sonhada e nunca realizada. Aquela poesia que foi escrita e jamais enviada, as palavras ensaiadas e nunca ditas, viagens planejadas e malas nunca feitas.
E o que nos faz desistir de histórias nunca começadas? O medo de fracassar, de chover no nordeste na semana que resolvemos ficar la, de que riam dos seus versos e sentimentos, de escutar um "gosto muito de você, mas só como amigo".
Desistimos porque temos medo que nossos amores e planos platônicos e perfeitos não sejam como imaginamos, por que nosso príncipe pode ter defeitos demais, por que eu posso ter defeitos demais pra ele ou por que eu não mereça nada daquilo.
O que não podemos esquecer é que também temos defeitos e que a magia dos relacionamentos está em aceitarmos os defeitos uns dos outros e admirar, acima de tudo, as qualidades.
Assim como Beethoven era surdo e louco, mas foi insubistituível no que fez.
ResponderExcluirOs relacionamentos se baseam em reconhecer o talento de amar (NOOOSSA!), assim como apreciar uma bela sinfonia, independente do demente que a escreveu...
(depois dessa, eu se fosse você, casava cmg)